quarta-feira, outubro 22, 2008

mudando o estilo do blog
Tempos que me aflige de pessoas distantes...
Tempos de pessoas distantes que não me aflige...


Ler escutando piece of my heart
de Janis Joplin

Assediado a gozar de toda a felicidade de um pequeno vilarejo onde o verde e a vontade de viver ainda persiste, era tudo que meu corpo e alma sempre desejaram num momento de tédio total em minha mera existência.
Ia de encontro à felicidade, sentimento este que ainda me dá forças para persistir entre o caos, tudo ia bem desde outrora, mas como tudo não são flores, não saiu como o planejado. Sentado ao léu em meio minhas obrigações, tudo o que eu mais desejava era estar com as pessoas que amava, mesmo que sem fio.
Ódio, raiva, amor, rancor, tédio, todos os sentimentos tomaram conta de mim neste momento em que eu queria sumir no tempo. Estava decidido a partir sem rumo à procura da felicidade, caminho longo, felicidade esta que poderia por meus cento e vinte e sete anos de vida em cheque. Sentia-me no meio de um desenho animado numa encruzilhada pesada entre o céu e o inferno, com anjos e demônios, todos falando ao mesmo tempo até que você perdesse sua pouca paciência que ainda me restava e nada decidisse fazer, apenas nada, o nada de nada, de nada podia me fazer melhor.
Indo distante, muitas formigas e juás no chão, e o pombo correio digital vem a mim, e, VIVA, a solidão que me esperava em alguns milhares de segundos foi a puta que pariu, ainda bem, odeio ficar sozinho. Quase sete anos de amizade estavam prestes a se encontrar após meses, novidades, oba, milhares de novas experiências seriam experimentadas! Chegou enfim a derradeira hora de encontrar olhares e risos, boas conversas, cheguei a felicidade, não a que eu esperava, mas estou aqui para contar.
Horas e mais horas, horas de conversa, vinho, violão, vozes, opa, tudo vermelho, faz parte da festa, tudo verde! tudo branco1 O caos, o mundo colorido, vinho, violão, cerveja e vodka quebrada, quarto, sono, beleza, música, vinho, violão, chorinho, MPB, vinho, violão, águas de julho, noite escura, vozes, vinho, violão, fim de noite.

Agora escutando romaria
com Elis

Noite longa apesar de muito curta, muito barulho, pessoas em volta, me levanto as pressas, sabe lá quanto tempo foi perdido, ainda bem que foi, foi por boa causa.
Obrigações, chego lá e lá fico, ótimo, nada fiz, um por cento de tudo que existe foi resolvido nesse atraso, nesse caminho à felicidade, nessa minha vereda de viajante, ano novo, vida nova, tempo das criações, adoro a natureza.
Voltando dessa longa caminhada percebo que o tempo está curto, que pouco tempo tenho, tenho tudo e nada a perder. Volto ao ponto inicial, onde tudo começou, ou não, sei lá.
Surpresa! Como chego a parte tombada desta velha nova cidade? O medo, o mundo fica bem diferente quando nos arriscamos, e ela teve medo, mas humana o suficiente para nos deixar onde queríamos ir.
Experimento novas experiências, caras novas, caras velhas, caras nem tão velhas e outras velhas até demais, novidade, vinho, violão, vozes, muitas vozes, vozes desafinadas que buscavam em suas mentes, no fundo do baú da imaginação canções que me alegravam, vozes desafinadas que faziam uma verdadeira orquestra.

Agora escutando esquilo não samba
de Móveis Coloniais de Acaju

Infelizmente o tempo da maravilhosa e transcendental orquestra chegou ao fim. Saímos em busca da batida perfeita pelas ruas onde deveriam estar presentes conosco os verdadeiros cajueiros ao som da dança das ondas que no mar brincavam.
Finalmente, um abrigo ainda desabitado que fazíamos não nos molhar com a chuva e festa lá fora, objeto perdido, depois fumaça. Nãããããão, alguém preso distante, partida! com volta. No meio dessa partida com volta experimentamos coisas novas, novas e intrigante, assustadora. Chegou! Andamos sem caminho, sem trilha, em meio ao frio, águas, céu nada estrelado, loucura, caos, desespero, e conseguimos chegar ao mesmo ponto de onde partimos. Velhas experiências agora, mas que também não deixam de serem novas, que bom! Quase fim de expediente, pessoas andando e outras distantes, paradas, decorando varandas de apartamentos com algo não tão belo, besteira, teve que limpar tudo depois.
Hora de voltar a passargada, afinal, lá sou amigo do rei, falando nele, estava quase nascendo no horizonte. Eita como é bom, assado de farinha e trigo misturado com ovas galináceas. Lavo o que restou e, sono, e que sono.

Agora escutando beautiful day
de U2

Duas e quarenta e oito depois do meio dia nasce um novo dia para mim, alguns dizem ser o fim de uma semana, outros concordam que o começo de outra, na verdade acho que a semana começa quase no fim de toda semana, enfim, corro, corro junto a pessoas que gosto preparo um belo e um bom meio de conseguir uma boa nota, desapego dele quase fim de noite, desço rua abaixo para dar um adeus breve a um amigo de quase sete anos, estréio o novo dia debaixo de uma puta chuva no meio do nada e ainda por cima num entrave fisiológico. Chego, enfim, ao meu reino, onde lá eu sou rei, mesmo que por uns quinze minutos, meu reinado mede aproximadamente três por um e meio. Ponho minha nova vida em órbita, comecei por escrever a primogênita curta longa vereda do itinerante.

acabar escutando, peraí, não sei o nome da música,
mas é algo como:
“ela quer me ver bem mal,
vá morar com o diabo que é imortal”
que Cassinha canta




Segundo.

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